1.

Manifesto Sóciosemiótico

A Humanidade é Anacrônica... Quanto a seus Contemporâneos, são mais caretas que as suas maiores loucuras imaginam! Assim sendo, o que está por vir é uma guerrilha semiológica: as palavras são apenas palavras e elas sabem muito bem o que querem dizer. Agora, cabe a você interpretá-las. Portanto, sugiro ao leitor que não se sinta ofendido com o que está prestes a ler. Peço que por favor não considere as considerações como sendo insultos à sua pessoa. Não o são. Agora, não que o contexto não seja o de um ultraje a rigor. A questão é que as infâmias não são direcionadas a qualquer pessoa que seja. Mesmo porque a pessoa é uma entidade semi-metafísica que não existe. A percepção que temos de nós mesmos como se cada um fosse um invólucro autônomo de personalidade diferenciada é falsa. Quer se queira ou não, um indivíduo é sempre membro de grupos. Portanto, é conjuntamente responsável pelas ações do grupo. No entanto, considerando que somos muitos, e cada um membro simultâneo de diferentes grupos, como seria possível exigir uma responsabilidade coletiva pelas ações simultâneas? Na minha perspectiva, isto só seria possível se houvesse uma compreensão sublimar que estamos cada um na sua, mas com alguma coisa em comum. E o que seria este elemento comum senão o fato de sermos parte integrante de uma suposta humanidade. Com isto, expresso minha profunda consternação por ter constatado recentemente que não somos humanos, a-pena-s antropomorfos.

Um comentário:

  1. Gênero, número e grau: a humanidade sempre é a-na-crô-ni-ca!
    Como talvez eu também "esteja" bem anacrônica, foi-me impossível não lembrar de: Nobert Elias (sou suspeita; amo o clássico texto desse sociólogo e até gostaria de saber se está ultrapassado ou não... Além dele, o que me sugere para esse tipo de tema? :D); Denise Jodelet e os estudos sobre "Representações Sociais" - afinal, o que é a "idéia de ser humano" e como a vivemos? Beeeeijos e saudades!!!!!!! ;)

    ResponderExcluir